MINHAS MÃOS (Poema inspirado em Minhas Mãos do Poeta Dylugon)
As minhas tão calejadas, mal conseguem
chegar o fim da linha, alcançar um ponto
cada frase um triste desafio
precisam de uma vírgula,uma pausa para respirar,continuar.
Um medo sempre crescente ,apavorante
de não conseguir acenar, abraçar ou a alguém dizer adeus.
Cada vez mais distantes do coração
sem revelar minhas tantas emoções explodindo dentro do peito.
Cansados,exaustos são meu dias ,quando a idade avança
e o tempo escorre vazio pelos dedos da alma.
Até meus sapatos me fogem dos pés, recusam se a comigo andar.
Nada, nada é mais igual aos tempos de outrora
os limites teceram barreiras, verdadeiros abismos.
Amo o encontro de mãos com mãos,hoje cegas, se negam
a rasgar os mares ou a escrever um simples poema .
Ninguém pode vencer estas etapas da vida
entrego-me aos abafados sufocados anseios
quando estas asas morrem, definham
aprisionando pensamentos
e o voar da liberdade.
12/03/09