SOMBRAS NA VIDA
Sentei no comprido banco de pedra da praça,
debaixo das sombras preguiçosas do meio-dia.
Me pus a olhar para todos, sem olhar para ninguém,
até onde minha imaginação alcançava.
Eu vivo perseguindo o que não tenho,
minhas metas não me deixam descansar,
fecham minha consciência com o véu da cobiça,
E não me deixam aproveitar tudo o que conquistei.
Estou inquieto e querendo viajar para bem longe,
ou então acordar desse sonho melancólico,
desses anos de andar em círculos, sem sair do lugar,
alegoria em que minha vida se transformou.