SOMBRAS NA VIDA

Sentei no comprido banco de pedra da praça,

debaixo das sombras preguiçosas do meio-dia.

Me pus a olhar para todos, sem olhar para ninguém,

até onde minha imaginação alcançava.

Eu vivo perseguindo o que não tenho,

minhas metas não me deixam descansar,

fecham minha consciência com o véu da cobiça,

E não me deixam aproveitar tudo o que conquistei.

Estou inquieto e querendo viajar para bem longe,

ou então acordar desse sonho melancólico,

desses anos de andar em círculos, sem sair do lugar,

alegoria em que minha vida se transformou.

Celso Pesan
Enviado por Celso Pesan em 12/03/2009
Reeditado em 14/03/2009
Código do texto: T1483630
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