Tem de ser homem!
Há uma certa altura da vida
em que um homem pára e se pergunta:
Por que fiz o que fiz?
Por que deixei de fazer?
O que construí?
Que cenário é este à minha volta?
São conquistas ou ruínas?
Que legado deixarei?
O que, afinal, fui eu, o que sou e o que virei a ser?
...
Indiferente aos preconceitos de gênero,
preciso dizer:
Tenho orgulho de ser homem!
Não escondo minha força,
porque a emprego para edificar.
Não dissimulo meu pragmatismo calculista,
porque o ponho a serviço do próximo.
Não me envergonho de minha virilidade,
porque ela é a metade que completa
a conjunção do milagre da vida.
Bato em meu peito estufado:
Sou homem !
Mas isso não me basta!
Porque nos embates da vida
as arestas de rudeza ficaram desgastadas.
Porque orgulho e vaidade
são coberturas de um recheio de insegurança.
Porque no fundo d’alma
flui a comoção de ser mortal.
Quero mais! Muito mais!
Quero transpor os limites que me desenham
apenas como um homem.
Quero deixar os terrenos seguros
de planícies acanhadas
e viajar até topo dos montes
e arriscar a queda
e enfrentar os sonhos alados de Ícaro
Quero içar velas de ancoradouros
erigidos em orlas mansas
e ganhar o alto mar
e me arrojar nas ondas
e singrar nas águas proibidas de Tritão.
Quero esquecer meus endereços
resguardados atrás de grades
e me embrenhar nas trilhas
e deixar novas sendas
e desbastar as matas guardadas por Pan.
Quero rir!
E dançar!
E brincar!
Quero viver!
Viver!
Quero ter com as crianças
e aprender-lhes a inocência
e imitar-lhes o desapego.
Despertar o menino que há em mim.
Quero render-me num colo de mulher
e despejar lágrimas como tributos
ao que é feminino na existência;
feminina que é a porção sagrada da humanidade.
Quero abraçar a todas as causas
que andei negligenciando pela vida.
E dar-me a elas pela simples condição de serem nobres
e não por serem ou parecerem possíveis.
Só assim, quando voltar diante Deus,
poderei realmente dizer-Lhe
que aproveitei bem a oportunidade
e a graça de ter nascido
homem!
Há uma certa altura da vida
em que um homem pára e se pergunta:
Por que fiz o que fiz?
Por que deixei de fazer?
O que construí?
Que cenário é este à minha volta?
São conquistas ou ruínas?
Que legado deixarei?
O que, afinal, fui eu, o que sou e o que virei a ser?
...
Indiferente aos preconceitos de gênero,
preciso dizer:
Tenho orgulho de ser homem!
Não escondo minha força,
porque a emprego para edificar.
Não dissimulo meu pragmatismo calculista,
porque o ponho a serviço do próximo.
Não me envergonho de minha virilidade,
porque ela é a metade que completa
a conjunção do milagre da vida.
Bato em meu peito estufado:
Sou homem !
Mas isso não me basta!
Porque nos embates da vida
as arestas de rudeza ficaram desgastadas.
Porque orgulho e vaidade
são coberturas de um recheio de insegurança.
Porque no fundo d’alma
flui a comoção de ser mortal.
Quero mais! Muito mais!
Quero transpor os limites que me desenham
apenas como um homem.
Quero deixar os terrenos seguros
de planícies acanhadas
e viajar até topo dos montes
e arriscar a queda
e enfrentar os sonhos alados de Ícaro
Quero içar velas de ancoradouros
erigidos em orlas mansas
e ganhar o alto mar
e me arrojar nas ondas
e singrar nas águas proibidas de Tritão.
Quero esquecer meus endereços
resguardados atrás de grades
e me embrenhar nas trilhas
e deixar novas sendas
e desbastar as matas guardadas por Pan.
Quero rir!
E dançar!
E brincar!
Quero viver!
Viver!
Quero ter com as crianças
e aprender-lhes a inocência
e imitar-lhes o desapego.
Despertar o menino que há em mim.
Quero render-me num colo de mulher
e despejar lágrimas como tributos
ao que é feminino na existência;
feminina que é a porção sagrada da humanidade.
Quero abraçar a todas as causas
que andei negligenciando pela vida.
E dar-me a elas pela simples condição de serem nobres
e não por serem ou parecerem possíveis.
Só assim, quando voltar diante Deus,
poderei realmente dizer-Lhe
que aproveitei bem a oportunidade
e a graça de ter nascido
homem!