COM AS PALAVRAS BRINCANDO...
Com as palavras brincando
e delas me socorrendo,
o desgosto vou contrariando
mas as lágrimas vão escorrendo…
Falo do que me dói e do que sinto,
e até sem rimas componho poemas.
Afasto-me, distancio-me e até minto,
mas jamais escolho os meus temas…
Entre o que sinto e o que escrevo,
entre o que escrevo e o que escondo
escondo o Amor que não descrevo,
não me revelando nem me expondo…
Saudades, angústia e até lembranças
habitam e ocupam todo o meu Ser.
Converto-as em raios de esperanças,
enquanto escrevo para as esquecer…
O tema basilar do que escrevo é o Amor.
A relação entre a vida e o seu contrário
também, porque nada se lhe pode opor
já que nada há, que seja mais arbitrário!...
A vida e o futuro, de dúvidas se sustentam.
A antiga questão do ser e o não ser, também.
A vida e o seu contrário, jamais se enfrentam.
Réplica p’ra estas teses… ninguém tem!