Vivo à flor da pele

À flor da pele

O meu desejo

Passeia

Leito de rio cheio

Transborda todas as beiras.

À flor da pele

A lágrima explode

E o pranto derrama-se

Em sutilezas.

À flor da pele

O poema eclode

E o poeta, insano,

Em tristeza chora.

À flor da pele

As janelas abrem

E a chuva molha

O pranto pungente.

À flor da pele

A vida segue

E todas cicatrizes

Embebem minha verve.

FATIMA MOTA
Enviado por FATIMA MOTA em 17/02/2009
Código do texto: T1444409
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