Vivo à flor da pele
À flor da pele
O meu desejo
Passeia
Leito de rio cheio
Transborda todas as beiras.
À flor da pele
A lágrima explode
E o pranto derrama-se
Em sutilezas.
À flor da pele
O poema eclode
E o poeta, insano,
Em tristeza chora.
À flor da pele
As janelas abrem
E a chuva molha
O pranto pungente.
À flor da pele
A vida segue
E todas cicatrizes
Embebem minha verve.