INÚTIL
O céu e a terra estremecem,
ouvem tua voz e tua angústia.
Meu coração se compadece,
Sedesespera,
entristece, quase morre,
pela dor de não saber te socorrer.
Quero abrir meus braços e te acolher
no calor sincero do meu amor por ti,
me fazer teu chão,
teu abrigo, teu descanso,
mas não encontro nunca as palavras
certas para te oferecer minha vida.
Assim, passa a hora, passa o tempo,
e talvez eu te pareça sempre
indiferente a tudo.
Mas não sou – meu coração é que se
engasga e fica mudo...
Mas quem me dera saber...quem me dera...
como derrubar os muros,
apunhalar as feras,
anestesiar as dores que te atravessam inteiro,
curar os males que te circulam nas veias,
receber por ti os golpes que a vida te destina.
Quero te dar meu corpo, minha alma, minha vida,
te entregar meu sangue gota a gota...
Mas morro mil vezes, todos os dias,
por te ser inútil.
Domingo, 12/out/1986
O céu e a terra estremecem,
ouvem tua voz e tua angústia.
Meu coração se compadece,
Sedesespera,
entristece, quase morre,
pela dor de não saber te socorrer.
Quero abrir meus braços e te acolher
no calor sincero do meu amor por ti,
me fazer teu chão,
teu abrigo, teu descanso,
mas não encontro nunca as palavras
certas para te oferecer minha vida.
Assim, passa a hora, passa o tempo,
e talvez eu te pareça sempre
indiferente a tudo.
Mas não sou – meu coração é que se
engasga e fica mudo...
Mas quem me dera saber...quem me dera...
como derrubar os muros,
apunhalar as feras,
anestesiar as dores que te atravessam inteiro,
curar os males que te circulam nas veias,
receber por ti os golpes que a vida te destina.
Quero te dar meu corpo, minha alma, minha vida,
te entregar meu sangue gota a gota...
Mas morro mil vezes, todos os dias,
por te ser inútil.
Domingo, 12/out/1986