Incensos...

Incensos...

A fumaça dança a minha frente,

Lento movimento do incenso a queimar

Lembranças...

O passado insiste em minha memória,

Nos quadros, no jarro de louça barata,

Na suave poeira azul do tempo

Que parece parar os relógios.

Lembranças...

Sobre a mesa de centro, papel e caneta,

Versos e balas de menta.

Ausente e alheia a todo e qualquer sentimento,

O branco das paredes me chama,

O branco das paredes desprende saudades,

O branco das paredes grita insensível,

Como se a não perdoar:

O amor pelo amar, o amor pelo amar,

O amar inacessível –

O sagrado ecoar, o eterno soar:

Para sempre... inesquecível.

Tonho França.

Tonho França
Enviado por Tonho França em 23/04/2006
Código do texto: T143762