Incensos...
Incensos...
A fumaça dança a minha frente,
Lento movimento do incenso a queimar
Lembranças...
O passado insiste em minha memória,
Nos quadros, no jarro de louça barata,
Na suave poeira azul do tempo
Que parece parar os relógios.
Lembranças...
Sobre a mesa de centro, papel e caneta,
Versos e balas de menta.
Ausente e alheia a todo e qualquer sentimento,
O branco das paredes me chama,
O branco das paredes desprende saudades,
O branco das paredes grita insensível,
Como se a não perdoar:
O amor pelo amar, o amor pelo amar,
O amar inacessível –
O sagrado ecoar, o eterno soar:
Para sempre... inesquecível.
Tonho França.