O PARAISO PERDIDO.
A paixão envolvia seu pensamento, que pouco ainda raciocinava,
Desesperada, pretendia reconquistar o amor que lhe abandonara.
Tentativas frustradas foram feitas e cuidadosamente ela ocultava,
Não deixando transparecer seu sentimento, carinho que a tomara.
O procedimento do amado causara amargura, após anos dourados.
Ela que lhe fora fiel, nunca manchando o leito conjugal, sentia a dor
De ser abandonada, preterida pela ex-namorada, ficando alentados.
Verdadeiros pombinhos que nunca amaram, se expunham com ardor.
Como tal poderia ter acontecido, se o amor do casal sempre invejado.
Unidos, trocavam permanentes juras, suplantavam felicidades mútuas,
Alegrias contemplativas, desejava demonstra-los: vivo e acalentado.
Ruiu, de repente o paraíso convivido, a tempestade surge e tumultuas.
Por que relegar quem amava, beijava e acariciava, virtuosas memórias,
De sonhos e fantasias, passeios deslumbrantes entrelaçavam espectros,
Como se no Éden estivessem,anos e anos transcorreram em supremacias.
Algum acontecimento ocorreria, ela aguarda os anseios e suplícios briosos.
A permutada diferenciava da eleita, faltavam predicados, afetos e ternuras,
Findara o paraíso, sofrimento sentia, como viver em harmonia antes passada,
Socorria-se da bebida alcoólica para diminuir sua dor e sentidas amarguras.
Quem se dispõe a ir em seu socorro, aquela traída, mas eterna amada.