FINAL
FINAL
Ali talvez esteja ancorada minha ultima duvida,
Soberba, aguardando os lauréis da existência.
Suportando os triunfos das vitórias em vida,
Sem a necessidade de no final pedir clemência.
Mas a todos nós temos vicissitudes reservadas,
Ninguém delas escapa, mesmo os ricos em amores.
Na hora derradeira a nós são reservadas,
Infindas procissões de intermináveis andores.
Foi aquele não ou aquele copo mau dado de água,
Foi aquela indiferença ou aquela gotinha de magoa,
Mas nem tudo é resquício para o final guardado.
Basta ter dado ao faminto um pedaço de pão,
Desde que o donativo tenha vindo do coração,
Ou mesmo ao inimigo incontido ter amado.
Goiânia, 15 de janeiro de 2001.