FINAL

FINAL

Ali talvez esteja ancorada minha ultima duvida,

Soberba, aguardando os lauréis da existência.

Suportando os triunfos das vitórias em vida,

Sem a necessidade de no final pedir clemência.

Mas a todos nós temos vicissitudes reservadas,

Ninguém delas escapa, mesmo os ricos em amores.

Na hora derradeira a nós são reservadas,

Infindas procissões de intermináveis andores.

Foi aquele não ou aquele copo mau dado de água,

Foi aquela indiferença ou aquela gotinha de magoa,

Mas nem tudo é resquício para o final guardado.

Basta ter dado ao faminto um pedaço de pão,

Desde que o donativo tenha vindo do coração,

Ou mesmo ao inimigo incontido ter amado.

Goiânia, 15 de janeiro de 2001.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 07/02/2009
Reeditado em 14/02/2009
Código do texto: T1426121
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