Confissões.

Nos campanários, silentes os sinos,

Nos alpendres, quietas as flores,

Nos olhares, fixas lembranças,

Retinas inertes, imersas, profundas,

Perdidas, aflitas, no azul

Inocente dos olhos,

Procuram insistente,

Por todas as paisagens, paragens,

Nos campanários, nos alpendres,

Nos antiquários, nas avenidas,

Os olhos lavam-se em lágrimas interrogativas,

O que fizeram conosco,

O que fizemos conosco,

O que fizemos da vida...

Tonho França.

Tonho França
Enviado por Tonho França em 19/04/2006
Código do texto: T141927