ANIMAL PRISIONEIRO

Animal contido em sua força

Em seu grito e seu riso

Amordaçado

Queda-se flácido, passivo

Domesticado

Esquecido do que é

E do que sente

Sorri entre dentes

Simpático, alienado

Preso às correntes

Quando a pálida memória

Esvanecida

Em surtos repentinos o acomete

Ele se debate em agonia

Depois esquece

Morre assim um pouco, todo dia

Pois que a vida aprisionada

Em grilhões, fenece

Alma sem expressão

É semente que não floresce.

Norma Suely Facchinetti
Enviado por Norma Suely Facchinetti em 01/02/2009
Código do texto: T1416453
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