ESTRANGEIRO

Estangeiro no mundo.

Minh'alma sente o

Não sentir do mundo.

Minha boca busca o indizível

E o meu coração guarda

O sentimento oculto.

Sou estrangeiro no mundo,

Falando um idioma estranho,

ouvindo termos irreconhecíveis,

ponho nos meus lábios amor

Quando já não se ouve a Paz.

Sou estrangeiro no mundo,

Querendo cultuar sentimentos,

Quando mãos invisíveis

Agarram-se aos bens da Terra.

Sou estrangeiro no mundo,

Quando olho para o Outro,

Não entendo o que ele diz

E me calo, por não ser entendido.

Sou estrangeiro no mundo.

Por isso, o silêncio é o meu guia.

Envolto no véu do sonho,

Conduz-me a sonhar

Com o mundo que é meu.

Sou estrangeiro no mundo.

prisioneiro de palavras,

inclinações diversas,

Interrogações esquecidas

E não respondidas,

A me fitar.

Sou estrangeiro num mundo

De interesses e desejos individualizados.

Mundo formado por milhões de mundos,

constituídos no coração desse povo.

Sou estrangeiro no mundo.

estrangeiro para a minha própria alma

Que busca direções contrárias

E espera calma

O dia em que serei "raptada"

E levada para a minha pátria.

Otelice Soares
Enviado por Otelice Soares em 26/01/2009
Código do texto: T1405255