Morto
Morto
Pelas dores que não são minhas
E me afligem.
Pelo gosto de desgosto e fuligem.
Pelo amargo da mão mesquinha
Por tudo que esconde as estrelas
E tanto me desalinha.
Aos versos inquietos e covardes,
Aos apelos fracos e sem sons,
Aos que morrem toda tarde,
E viram anjos ou demônios de néon.
Pela insanidade de hoje, eu te perdôo.
Pelo choro de amanhã eu te condeno,
Pela mesmice do caos eu te suplico,
Daí a mim do meu próprio veneno.
Tonho frança.