IMPROVISO

Quando fecho os olhos...

Encontro o sim, afirmando não

Aos improvisos da alma,

Encontro um em dois, reconstruindo

Os desacertos de todo coração humano.

Vejo os remendos de uma vida,

A solidão sofrida nos dois minutos iniciais

De um novo dia que começa...

Os sonhos, as verdades, as mentiras

E um sorriso feliz, aberto

A qualquer instante a ser buscado.

Quando fecho os olhos,

Entendo o valor do não

As decepções tristes de um sim

As verdades perseveradas,

Vindas de uma feliz reconciliação,

Quando arrisco perder entre os dedos

As vezes de uma prece repetida

Uma frase de um obrigado

E a reluzente vitoria de um caminho

Tantas vezes confidenciados

Aos olhos de um coração.

01.02.2000 – 00h39

Marcia Pereiras
Enviado por Marcia Pereiras em 05/01/2009
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