IMPROVISO
Quando fecho os olhos...
Encontro o sim, afirmando não
Aos improvisos da alma,
Encontro um em dois, reconstruindo
Os desacertos de todo coração humano.
Vejo os remendos de uma vida,
A solidão sofrida nos dois minutos iniciais
De um novo dia que começa...
Os sonhos, as verdades, as mentiras
E um sorriso feliz, aberto
A qualquer instante a ser buscado.
Quando fecho os olhos,
Entendo o valor do não
As decepções tristes de um sim
As verdades perseveradas,
Vindas de uma feliz reconciliação,
Quando arrisco perder entre os dedos
As vezes de uma prece repetida
Uma frase de um obrigado
E a reluzente vitoria de um caminho
Tantas vezes confidenciados
Aos olhos de um coração.
01.02.2000 – 00h39