Gosto de viver
De contas faço histórias
com corais e pedras
e corais de prata.
Nas pedras tropeço,
tropeços que são saltos.
Nas minhas histórias
crio personagens
tolos ou poéticos
tortos ou certinhos
personagens éticos.
Remonto meus dias
e vivo noites enluaradas
pego com a mão as madrugadas.
O reverso também me apetece
E olho com deslumbre para o sol
Que me aquece.
Príncipes e sapos sangram
E dançam a valsa da despedida
Pois a meia noite se aproxima
E a princesa precisa rebelar-se desse sonho
Afinal viver é sina.
Ternamente e eternamente
gosto de repetir minhas façanhas
pois quão belo é viver
intensamente!