Misteriosa existência.
São poucas e raras as vezes
Em que sinto-me a refletir
Na razão de se existir.
Somos objetos manipulados?
Seres predestinados?
Ou quem sabe, pequeninos
Pontos de interrogação
Dentro de um texto
Gigantesco e inacabado?!...
A cegueira espiritual
Não me faz perceber
O verdadeiro desenho da obra,
Mas, faz-me sentir
Como se eu próprio fosse
Um rabiscado esbôço.
Persistem as eternas perguntas:
Quem sou?
De onde venho?
Para onde vou?
No intuito de desvendar
Tão bem cuidados mistérios,
Milhares de vidas já se foram,
Outras tombaram pelos caminhos,
Inventando inúmeras teorias
E criando incontáveis ilusões.
Foram-se as alegrias...
Ficaram as decepções!...