Sou... apenas

Fossem minhas letras atreladas a artifícios,

minha inspiração acumularia desperdícios,

esperando pelos momentos que nunca acontecem,

que pecam por omissão e perdem-se no tempo.

Rastreio as possibilidades, inerentes que são do viver,

distribuindo em espaços diversos os tantos versos,

vindos de meu universo ora repleto, ora vazio.

E nos interlúdios sentimentais,

quando o que mais desejo são gotas do nunca mais,

o virtual atinge seu ápice e meu calor derrete esse frio.

Tenho a mim mesmo, choro, sorrio.

Mas sou o que sou, no que penso, enquanto às vezes,

em vezes dispersas, apenas estou.

POETA VIRTUAL
Enviado por POETA VIRTUAL em 27/12/2008
Reeditado em 11/07/2013
Código do texto: T1355377
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