Destino-pescador
O destino-pescador quis assim atar,
num cupido em forma de anzol
duas iscas simultaneamente neste infinito mar
e arremessá-las no mesmo atol.
Fomos de encontro justamente
em tempos que o comum é: desencontrar.
Não vejo como um infortúnio acidente
uma jóia sublime, que, em minhas mãos vieram parar.
Minhas vistas alcançaram um sentimento ilimitado,
descoberto, e desenhado em orlas de amor.
Bendito seja aquele cupido-pescador!
Que mesmo em tempos ruins, confiou o iscado.