NUA E VULNERÁVEL...
Nua, muito frágil e vulnerável,
como débil lagosta
que perdeu sua crosta,
assim eu estou…
Da crosta, pouco restou.
Fiquei carente,
e dependente
dos caprichos do imponderável!
Talvez eu sinta irrecuperável
a perda daquela crosta.
que me deixa tão exposta…
tal como sou!
A minha debilidade não passou.
Preciso de invólucro novo,
mas nisso não me envolvo…
Para disfarçar do meu ser a nudez,
oculto-me numa ostensiva mudez…
Escondo sensações e sentimentos.
Sufoco gritos, dores e tormentos.
Silente, refugio-me no mutismo…
Será que repudio assim o hedonismo?...