JOGO ESTRANHO

JOGO ESTRANHO

E então, seguimos juntos,

aparente reencontro...

Jogo estranho

(quais são as regras?)

Caminhamos sobre um tabuleiro,

pisamos com passos incertos,

ora nas casas brancas...

ora nas casas pretas.

Pensas que me ajudas

a atravessar os rios...

nem vês que, na realidade,

eu é que sempre te busquei,

alma perdida!

Pensas que sou eu

que me apresento a ti,

e flutuas leve

ao meu redor...

Sou uma miragem

daquela que fui e já não sou.

E quem sou...

Quem sou eu?

Enquanto finjo

ser quem eu era,

ganho tempo,

em busca dessa

que agora sou.

Só sei que o que resta,

além da dor- lâmina de aço-

é esse amor absurdo,

amor bizarro,

que joga meu corpo em febre

no cenário do teu abraço,

para preservar minha alma longe,

bem longe de ti,

salva no espaço.

NINNA SOPHIA
Enviado por NINNA SOPHIA em 11/12/2008
Código do texto: T1329229
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.