CURA MATINAL
A manhã, liricamente,
desabotoa seu siso,
ao sopro leve do vento,
num espontâneo sorriso.
Belo o Sol, bela a manhã,
o Sol a quer enlaçá-la,
nos seus braços mais amigos,
para eternizar-se em gala.
Ao longe, pela cidade,
agudos sons de sirenas
se espraiam ver pesadelos,
despertando as açucenas.
Meio a rostos e bons-dias,
meio a grandes simbioses,
teu rosto avulta em meus olhos
e me põe cura às neuroses.
Fort., 05/12/2008