CURA MATINAL

A manhã, liricamente,

desabotoa seu siso,

ao sopro leve do vento,

num espontâneo sorriso.

Belo o Sol, bela a manhã,

o Sol a quer enlaçá-la,

nos seus braços mais amigos,

para eternizar-se em gala.

Ao longe, pela cidade,

agudos sons de sirenas

se espraiam ver pesadelos,

despertando as açucenas.

Meio a rostos e bons-dias,

meio a grandes simbioses,

teu rosto avulta em meus olhos

e me põe cura às neuroses.

Fort., 05/12/2008

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 05/12/2008
Código do texto: T1321112
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