POEM’ESTRELA
Minha vida era um canto escuro
que encobria muitas dores.
Era só verso miúro
sem cores, flores, amores...
Certa noite, um sol brilhou.
E na solidão sombria
um poema estrelou.
A cegueira virou dia.
Nunca mais escureci.
Pontinhos vivos de luz
clareiam a cruz que mereci:
sou poeta-escava(dor).
Busco a beleza perdida
seja lá por onde for...
Lina Meirelles
Rio, 25.11.08