DANÇA MALDITA

É na noite que os fantasmas

atravessam nossos corpos

É na noite que os seres inimagináveis

se tornam realidade

É na noite que os cães ladram

É na noite que os demônios atacam.

E é quando os demônios atacam

que eu me solto.

Liberto meus demônios loucos

com suas faces

deformadas e debochadas.

Deixo que dancem ao meu redor

a dança maldita

dos que perderam o juízo.

Deixo que me arrastem

para o inferno

em meu corpo insano.

Danço com eles

a dança dos seres

sem memória,

sem juízo,

sem perdão.

A dança da liberdade

de quem já perdeu

o medo da Morte e da Vida....

Danço... danço.....

Danço a fúria da insanidade

que corrói a mente.

Danço a dor da consciência...

Danço a dor da rejeição...

Danço... danço... até cair

Exaurida no chão.

INÊS HOFFMANN
Enviado por INÊS HOFFMANN em 26/03/2006
Código do texto: T128996