Olhos que tudo vêem:

gestos, olhares, atenções.

Memória que tudo guarda:

momentos, movimentos, intenções.

Boca que muito cala.

Silêncio que muito diz.

Mas o pouco que ela fala, corta

feito ponta de faca amolada,

feito aço de ágil navalha,

dançarina no ar,  num segundo,

retalha egos, sangra almas,

querendo sempre, desesperada,

arrancar o mal pela raiz...

 

Sou eu, me afogando no mundo,

indo ao fundo e voltando,

errante sombra infeliz.

NINNA SOPHIA
Enviado por NINNA SOPHIA em 16/11/2008
Reeditado em 11/01/2009
Código do texto: T1285868
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