Na tangente

Ventos oblíquos tangem-me

O ocaso

Raios cósmicos prendem-me

Ao acaso

Se fui do ontem, me

Descaso

Do hoje; somem-se

Do interno vaso

Catedrais de pardais….

E o futuro é raso

Por demais…

Venham venenos tomem-me

Toda, eu jazo.

Desta dor levem-me

Se extravaso.

Venham esporas libertem-me

Desse Pégaso

Que é quem me

Tem a prazo.

Pombas dos beirais

Que faço?

Mortais?