Código Morse
Eu sou o odor da minha pele.
Cheira-se com a língua.
Chora-se com a boca na boca.
Os olhos mudam de cor.
Escutam-se dois a dois.
Entendem o silêncio
Do código morse da dilatação
Das pupilas.
As mãos desvendam os esconderijos
Dos corpos, velando segredos.
Uma ventania corre pelos nervos
Sem reservas.
Frémitos e febre em fusão crescente.
O grito do ventre propaga-se
Por uma senda de pólen
Até aos confins recônditos
De nós.
Eu sou o odor da minha pele.
Cheira-se com a língua.
Chora-se com a boca na boca.
Os olhos mudam de cor.
Escutam-se dois a dois.
Entendem o silêncio
Do código morse da dilatação
Das pupilas.
As mãos desvendam os esconderijos
Dos corpos, velando segredos.
Uma ventania corre pelos nervos
Sem reservas.
Frémitos e febre em fusão crescente.
O grito do ventre propaga-se
Por uma senda de pólen
Até aos confins recônditos
De nós.