Meu cantinho
Eu nasci pra viver a vida
na boléia de uma carreta
Há anos eu vivo sonhado
um dia ter o meu cantinho!
Transportei tantas cargas
por este mundo afora
Sem ter uma pousada certa
eu dormia na beira da estrada!
Quantos sonhos eu fui armazenando,
Nos arquivos de minhas memórias
Nas estradas eu fiz minha historia
Sem ninguém pra dividir, minha boléia.
Hoje o peso da idade me diz pra parar
Também me diz que devo tomar cuidado
Mas como eu vou largar esta vida
Se a estrada e tudo o que eu tenho
Sou um artista minha boléia e o palco
O teatro onde me apresento e, o estradão.
A minha platéia são os companheiros
Neste espetáculo dirigido por Deus!
Balneário dos Prazeres: 09 / 11 / 2008