A MORTE

Meu corpo crivado de estanho

caído no chão preto do asfalto...

No vermelho do sangue banho

e entrego meu corpo no assalto.

A vida acabou e a dor eu apanho

conto estórias, invento e ressalto

que valeu a pena. E eu estranho

este artifício, e num sobressalto,

saio de cena, num dia tacanho...

Deus me chama e eu não falto,

vou... Seu grito eu acompanho.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 01/11/2008
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