Estático
numa época de riqueza e disputas
me escondo
como um tatu na toca
do silêncio
nada digo, nada faço
vivo e não vivo
sou como agua
transparente
não julgo, não luto
penso e não penso
sou como o vento
que viaja
finjo, sem culpa
durmo e não durmo
sou como a pedra
parada