Chuva De Solidão
Chuva de Solidão
Chuva de Solidão
(Rael Maes)
A jovem senhora, anda na chuva desprotegida.
E acaba por ficar toda molhada
Mas, canta sorridente, com os olhos a brilhar.
Ergue os braços aos céus, em uma prece muda.
A chuva aumenta e ela ri, parecendo não acreditar.
Da pulos de pura felicidade
Da giros e gostosas risadas
Nisso, ela olha em direção a minha sacada.
Ao me ver a observando
Envergonha-se e sua face fecha-se
Corre sem direção
E de minha vista some
No outro dia descubro
Que essa jovem senhora
Era a Maria Louca
Quem me dera eu fosse Rael o Louco
Para sorrir e cantar e pular na chuva tão feliz
E me envergonhar, por demonstrar minha felicidade pura.
A alguém que se esconde, em uma triste e gelada sacada de um quarto vazio.