TENHO MEDO...
Tenho medo!
Tenho tanto medo...
Do que sinto,
Do que não sinto...
Do que sou,
Do que não sou
E do que não sou capaz de ser...
Tenho medo!
Tenho medo do meu próprio ser...
E finjo e a mim mesma minto,
Porque assumidamente,
E muito sinceramente,
Quero ignorar o que sinto...
Quero ignorar
E quero esquecer
Tudo o que quis,
Tudo o que fiz
E tudo o que não pude fazer...
Porque lembrar,
Faz-me sofrer
E compreender,
Que jamais farei o que fiz
E aquilo que não pude fazer...
E essa tão crua realidade
Tambem mostra, do meu ser,
A dura contradição...
Reaviva a minha saudade,
Enquanto esconde a verdade
Da minha própria negação!...
E é deste “ser “, “não sendo”
E deste “sentir”, “não sentindo”...
QUE TENHO MEDO!...