TREVAS

A minha alma está nas trevas

e o pior é que, até agora, eu não sei

como fui parar aqui.

Não sei se foi com os meus próprios pés,

ou se alguém induziu-me vir aqui.

Só sei que numa velocidade de anos-luz

cheguei neste lugar sombrio e solitário.

Terceiros me pedem explicação,

que eu com toda sinceridade

não posso dar ... bem que gostaria!

Enquanto o meu inconsciente briga

incansavelmente com o meu consciente,

meus olhos inundam-me as faces

de correntezas de lágrimas.

Minha garganta sente a mão

pesada e forte de um estrangulador

e a vida passa por mim como alguém

desinteressante e frígida.

Vago no breu de forma desesperada

na esperança de encontrar alguma luz

que me conduzirá são e salvo

à saída desde lugar inóspito.

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 24/10/2008
Código do texto: T1245110