Hasufel, o mouro

Crina luzidia

Pelo vento espalhada...

Negra fiada,

Entre o áspero e o suave...

Corcel mouro,

Gracioso como uma ave,

Em seu galope orgulhoso,

Só te faltam as asas para voar...

Com teus doces olhos castanhos

Ficas a me mirar,

Antes de me levar

Em um galope vertiginoso...

Velho amigo,

Companheiro fiel...

Te batizei de Hasufel,

Mas te insistem em te chamar de "mouro".

Dei-te nome tolkeniano,

De cavalo rohirrim...

É isto que és pra mim:

Nobre corcel guerreiro,

Que trota garboso.

Manso e prestativo,

Leal e manhoso...

Rei entre cavalos,

Ao levar a mim,

Sua humilde senhora,

Ao por do sol a cavalgar...

Nessas horas somos um só,

O tempo pode até parar...

Pois o corcel e a amazona

Desafiam o vento,

Em uma louca disparada...

Não querem nem saber onde terminará a jornada...

Apenas usufruem da sintonia,

Da amizade...

Que em breve se tornará saudade,

Quando pra cidade (a contra gosto) eu voltar.

Zannah
Enviado por Zannah em 23/10/2008
Código do texto: T1244550
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