Noite na campanha gaúcha
Sentada na velha varanda,
Ao entardecer,
Vi o dia morrer,
Em matizes inibriantes,
Que marcaram o nascer da noite,
De modo espetacular...
No céu noturno,
Mil constelações,
Pó estelar...
Tudo via naquele profundo negrume
Que cobria minha cabeça como um manso véu...
Quantas vezes não olhei para este mesmo céu,
Quando menina,
Desejando a uma estrela cadente
Um amor ímpar...
Alguém pra dividir o meu sonhar...
Alguém que, como eu,
Se encantasse com a noite da campanha...
Humilde e silenciosa,
Mas de uma beleza tamanha
Que nada no mundo pode se comparar.