MEU ÚNICO SONETO
Meu único Soneto, esse aquí,
uma cantata, ou suave manifesto,
uma identidade que já perdí,
que jaz como eu,feito protesto,
Jorram de mim, saudades incontidas,
extraídas de vidas paralelas,
sangram muito, por serem feridas,
e, não cicatrizarem como elas,
Sei que é tarde para esse desencanto,
hoje, morta, encinerem, simplesmente,
nada de flores, rezas, velas,pranto,
Uma inscrição atrevida em um mármore:
"-Não sei se fui feliz, se morrí, somente,
escreví livro, tive filho, não plantei a àrvore "!