FLOR TARDIA
FLOR TARDIA
Pediram-me pra não rimar.
Mas isso é desmontar meu coração,
é abrir a janela
e perceber que não há sol,
um soco rasgado no poema,
é a eclipse da emoção.
É tão bom poder rimar amor e...(flor)!
Não sei usar o excremento das palavras...
E onde ficam os ecos das metáforas
que revestem de brilho a poesia?
Acho que também perdi o bonde
e no jardim onde queima a minha face
sou apenas uma flor tardia.
Basilina Pereira