FLOR TARDIA

FLOR TARDIA

Pediram-me pra não rimar.

Mas isso é desmontar meu coração,

é abrir a janela

e perceber que não há sol,

um soco rasgado no poema,

é a eclipse da emoção.

É tão bom poder rimar amor e...(flor)!

Não sei usar o excremento das palavras...

E onde ficam os ecos das metáforas

que revestem de brilho a poesia?

Acho que também perdi o bonde

e no jardim onde queima a minha face

sou apenas uma flor tardia.

Basilina Pereira

Basilina Divina Pereira
Enviado por Basilina Divina Pereira em 14/10/2008
Código do texto: T1228889