NOTA MÁXIMA

Chamado para um júri universal,

ter que escolher a beleza

mais completa,

eu nem recorreria

a meus minguados dotes

de exíguo esteta.

De olhômetro, apenas,

sem atinar, não apelaria

nem para os cânones vanguardistas,

nem para as estéticas modernas.

Dar-te-ia, sem favor,

só pelo teu cruzar de pernas

(e olha que sinto pejo

em fuzilar-te, até de viés),

dar-te-ia a nota máxima,

redondamente, e com lisura,

o que fazes jus - um dez.

Fort., 10/10/2008

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 10/10/2008
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