PÁSSARO PEREGRINO...
Sou um ente apaixonado
talvez perdido
mas escondido,
como pássaro engaiolado…
Sou um ser alado e louco
bem guardado,
resguardado,
para quem tudo é pouco…
Tudo é pouco, tudo é nada.
Eu, pássaro sozinho,
silente e sem ninho,
nem pressinto a alvorada!
Ensaio, então, um voo longo e errante,
sem meta nem rumo… só p’ra diante.
Mas, tão silente e só, perco o alento!
Minhas asas fracas são desalento
e já desisto de continuar sem destino.
Fico. Sou apenas um pássaro peregrino…
Sou um ser apaixonado,
sou um ente louco e alado…
Só não sei se quero amor,
creio que tenho dele temor…
Receio o meu destino…
Sou um pássaro peregrino!...