As fadinhas
No jardim deserto,
Na silenciosa tardinha,
Brincavam duas fadinhas,
Num lírio d'água a dançar...
Entre graciosos saltos
E delicados pulinhos,
Faziam elas soar os sininhos,
De suas asas...
Pó de fadas a se espalhar.
E entre as moitas,
Encantada e quietinha,
Escondia-se uma menininha,
A fitar o doce bailado,
Que fazia o ar brilhar.
Haviam lhe dito que não existiam fadas...
Mas os adultos não sabem de nada...
Perdem a inocência e esquecem de sonhar.