A Teoria do Sangue
Nada se perde onde não há o que se ganhar.
Tudo muda quando há como se mudar.
A diferença é que antes que a mudança nos alcance,
Vêm-nos a TV, o jornal, o rádio, a mídia,
Vêm-nos todos aqueles falatórios
E notícias que nos privam a vida.
Fato é que nunca se possui aquilo que se deseja,
E sempre procuramos o que não se tem.
Mas para ter o que tanto se enseja,
Fazemos sempre aquilo que nos convém.
Destarte, estabelecemos a diferença basilar
Entre a alienação vigente
E a historicidade latente.
Olhemos todos os exemplos imagináveis
E todas estas linguagens descartáveis,
De tantas “praxis”, de tantos “juris”,
De tantos “verbis”.
Expressões úteis às dominações inertes.
Soframos para ter respaldo,
Brilhemos para ter repúdio.
É a vida que segue,
É a vida do sangue.