LUA
LUA
Paulistas e paulistanas são Anas a mercê dos deuses,
Paulistas são passantes,
Dríades, ninfas, sereias caminhando sob a fria garoa,
Em solos de civilidade e de barbárie, pura modernidade.
Elas são filhas das
“Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi...”*
Mulheres hospitaleiras, filhas de Abaporu,
Ferozes jaguapitangas do Ipiranga,
Iemanjás adornadas com o reflexo de Oxu.
*Trecho extraído de “Sampa” (Caetano Veloso)
Prof. Dr. Sílvio Medeiros
Campinas, é primavera de 2008.