DORES E AMORES

Não deixei de pensar em você!

Não deixei de imaginar-te um instante

Nessa distância sufocante.

Nesse instante em que dor e sofrer

Rima com a palavra constante.

Não deixei perder-se as palavras ditas,

As palavras trocadas

Os beijos úmidos e quentes.

Mesmo os abraços apertados

As mãos dadas e sufocadas,

Com o medo iminente da perda.

Quem imagina que eu quero perder-te?

Tantos! Alguns!

Eu... eu, jamais quero algo assim!

E não ficará perdidas as promessas

De uma vida terna jamais dispersa

Vejo teu valor no mudo sofrimento

Nos passos que parecem ir para lugar algum,

Mas bem definidos por teu sentir, teu querer.

Talvez jamais queira me encontrar e tens seus motivos,

Mas o unificado jamais será separado.

O sentir que se sente,

Esse algo inerente só ao âmago

Diz da simplicidade e da necessidade

De cada um. De mim e de ti!

Onde eu estiver, estará comigo no coração,

As palavras ousadas e esboçadas,

Que dirá um pouco da nossa vida.

Mesmo que esse pouco seja nas entrelinhas,

Contará uma história de percalços e sorrisos

De dores, amores, sentimentos intensos sentidos,

Que acontecem na minha, na tua vida e na de tantos.

Mas subsistirá as faces banhadas em lágrimas,

Mesmo distante ou quem sabe próximos ao extremo,

Daqueles que gostamos e que às vezes,

Descobrimos bem tarde, o quanto estávamos

De olhos vendados por esse sentimento

Que sem querer ainda causa tanto medo: O Amor!

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 23/09/2008
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