No adormecer das borboletas
Uma borboleta de belas cores hoje visitou-me,
Voou ao meu redor para vir pousar em minha mão
E ali ela ficou brevemente batendo suas asas conforme a brisa soprava
Eu a admirei com curiosidade.
Um bater de asas,
E com uma piscadela eu acompanhava suas formosas e detalhadas grandes asas
Coloridas de preto e amarelo bebê,
Como se fossem delicadas membranas que o vento levemente embalava.
Sentada no jardim primaveril,
As flores preguiçosamente se abrindo,
Espreguiçando-se no início da primavera.
Mexi os dedos,
A borboleta percorreu um caminho até alcançar a ponta de meu indicador,
Elevei o dedo para observar o pequeno inseto mais de perto,
Ela me observou de volta
Bateu suas belas asas e partiu em direção a imensidão azul.
Acho que sua curiosidade foi maior que a minha
A gata, que estava deitada a meu lado partiu no encalço do pequeno inseto,
Ralhei com o animal e ela nem deu-me bola.
Eu a vi partir e sorri, acenei e dei até logo
Dias depois recebo uma inusitada visita à janela do meu quarto
A linda borboleta, que mais uma vez pousou em minha mão,
Porém não mais voou para a imensidão
Deixou-se alçar pequeno vôo e caiu inerte ao chão,
Pareceu que apenas veio para uma despedida breve da vida.
Em um frasco a guardei para sempre lembrar
E mesmo morta, parecia que às vezes batia as asas quando eu não estava a olhar.