No adormecer das borboletas

Uma borboleta de belas cores hoje visitou-me,

Voou ao meu redor para vir pousar em minha mão

E ali ela ficou brevemente batendo suas asas conforme a brisa soprava

Eu a admirei com curiosidade.

Um bater de asas,

E com uma piscadela eu acompanhava suas formosas e detalhadas grandes asas

Coloridas de preto e amarelo bebê,

Como se fossem delicadas membranas que o vento levemente embalava.

Sentada no jardim primaveril,

As flores preguiçosamente se abrindo,

Espreguiçando-se no início da primavera.

Mexi os dedos,

A borboleta percorreu um caminho até alcançar a ponta de meu indicador,

Elevei o dedo para observar o pequeno inseto mais de perto,

Ela me observou de volta

Bateu suas belas asas e partiu em direção a imensidão azul.

Acho que sua curiosidade foi maior que a minha

A gata, que estava deitada a meu lado partiu no encalço do pequeno inseto,

Ralhei com o animal e ela nem deu-me bola.

Eu a vi partir e sorri, acenei e dei até logo

Dias depois recebo uma inusitada visita à janela do meu quarto

A linda borboleta, que mais uma vez pousou em minha mão,

Porém não mais voou para a imensidão

Deixou-se alçar pequeno vôo e caiu inerte ao chão,

Pareceu que apenas veio para uma despedida breve da vida.

Em um frasco a guardei para sempre lembrar

E mesmo morta, parecia que às vezes batia as asas quando eu não estava a olhar.

Lilith Góthica
Enviado por Lilith Góthica em 03/09/2008
Código do texto: T1160383
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