Boemia Tardia!
Essa boemia que me consome,
Sem ao menos consumir.
Essas damas que possuo,
Sem ao menos possuir.
Dança em minha boca,
Aquela língua molhada.
Solitária e ordinária,
Aquela boca lavada.
Aperta a minha perna,
Como bermuda molhada.
Solitária e ordinária,
Aquela louca tarada.
Esse tédio que me invade,
Sem ao menos existir.
Essas damas despidas,
Sem deixar-me insistir.
Doam-me seus sonhos,
Ainda que não sonhados.
Supores bucólicos,
A cerca de seus mundos.
Nestas noites de volúpia,
Nestas marinas do mundo,
Nestes buracos de cais,
Nestas casas da noite.
Essa boemia que nunca tarda,
Mesmo que tarde ainda me invade!
L´(Max) 12.01.2007