ALEIJADINHO

Envolto no tempo
O cinzel de arredondar olhares
Que vão da pedra ao pó
Da ilusão ao nada.
Às sombras das mãos
Os movimentos ficam
No corpo prisioneiro da pedra;
E restam olhares
Olhares vãos
Que vão aos céus
Esperando que haja céu neles.
E a mão retorna
Encaracolados cabelos
Fios de pedra
De anjos alados atados à rocha
Pelo sentimento de perda
Do corpo em movimentos precários
No aquém das mãos que voam
A ir das pedras às perdas
Na certeza de que a pedra: é pó.
DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 23/08/2008
Reeditado em 18/09/2013
Código do texto: T1141779
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