Fonte

Eu vi, entre as luzes do infinito
Um tecer formas, com brio.
Nas folhas de Baco entorce
Um valer pra vida inteira.
Não sei se bebo do vinho ou da fonte.
Nem tampouco se Dionísio alimenta
A Arte tecida em cor
O formão na mão do autor.

Eu vi, em fonte segura,
Que jorra a água em fio,
Um soluçar de esperança
Um valer pra vida inteira.
Não sei se corrente em jarro
Nem tampouco se acorrenta
A Arte em pulso em prumo
No suor da mão do artista,
Do traçado risco emana
O "tecere" de um "rascunho".


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