A vocalista da banda

Entre mais de mil palavras nenhuma faz sentido.

Se eu achasse uma lâmpada mágica não ia querer nenhum pedido.

Tudo é do jeito que é e é.

Eu amo não ter que adiar mais um pouco e dizer "pois é".

Quando chega a hora tem que se soltar.

Tem que deixar rolar.

A música vai fluir,

a música vai se expandir.

Em somente alguns acordes posso fazer com que sol e lua concordem numa simples melodia de depois do meio-dia.

Nem cá nem lá, nem aqui nem mais à frente,

não tem como eu fazer alguma coisa menos diferente.

Nem numa temperatura de noventa graus negativos

eu consigo deixar meu ritmo inativo.

Tem gente que fala, fala e não consegue dizer absolutamente nada.

É por isso que quando eu não tenho nada melhor pra cantar eu fico calada.

Com uma simples música feita quase na pressa

o pôr do sol parece que vai girar bem depressa.

Sabe aquele boné quadriculado branco com vermelho?

Ninguém sabe que ele não é meu, mas quem disse que eu vou deixar de usar só porque não me pertence.

O caso da música também é assim complicado, a música é de todos e não tem parente, assim como a hospitalidade não é só maranhense.

Se você se jogar na areia da praia e começar a pensar

vai sentir vontade de soltar a voz e cantar.

A música está em todos nós e em todo o lugar, então que tal a gente dançar?

Atravesso continentes espalhando isso por aí.

Conto sempre a mesma história pra quem quiser ouvir.

E como a história já acabou eu vou ficando por aqui.

Hannah Andrade
Enviado por Hannah Andrade em 18/08/2008
Reeditado em 14/12/2010
Código do texto: T1134190
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