A vocalista da banda
Entre mais de mil palavras nenhuma faz sentido.
Se eu achasse uma lâmpada mágica não ia querer nenhum pedido.
Tudo é do jeito que é e é.
Eu amo não ter que adiar mais um pouco e dizer "pois é".
Quando chega a hora tem que se soltar.
Tem que deixar rolar.
A música vai fluir,
a música vai se expandir.
Em somente alguns acordes posso fazer com que sol e lua concordem numa simples melodia de depois do meio-dia.
Nem cá nem lá, nem aqui nem mais à frente,
não tem como eu fazer alguma coisa menos diferente.
Nem numa temperatura de noventa graus negativos
eu consigo deixar meu ritmo inativo.
Tem gente que fala, fala e não consegue dizer absolutamente nada.
É por isso que quando eu não tenho nada melhor pra cantar eu fico calada.
Com uma simples música feita quase na pressa
o pôr do sol parece que vai girar bem depressa.
Sabe aquele boné quadriculado branco com vermelho?
Ninguém sabe que ele não é meu, mas quem disse que eu vou deixar de usar só porque não me pertence.
O caso da música também é assim complicado, a música é de todos e não tem parente, assim como a hospitalidade não é só maranhense.
Se você se jogar na areia da praia e começar a pensar
vai sentir vontade de soltar a voz e cantar.
A música está em todos nós e em todo o lugar, então que tal a gente dançar?
Atravesso continentes espalhando isso por aí.
Conto sempre a mesma história pra quem quiser ouvir.
E como a história já acabou eu vou ficando por aqui.