Estações da vida
Minha vida é cheia de brumas
Como uma manhã cinzenta
Indicando: Vai chover...
Aó o solzão arrebenta
E então, a manhã cinzenta,
Some, ninguém mais vê...
Sou como o leito da terra
Esperando a chuva cair
E a chuva, infelizmente,
Parece que não vai vir
Pra fertilizar minha semente
Molhando o solo de mim.
Chega as tardes de outono
E mais uma vez também,
Vêm as brumas, incessáveis,
Vem o sol, interminável,
Tudo passa muito bem
E só a chuva não vem...
Chega então a noite Fria
De um inverno sem cessar
E embora o céu esteja escuro
A chuva não quer chegar
Para molhar a terra seca
E pra tristeza acabar...
Ah, enfim a primavera
E o verde se apodera,
Vem a chuva, o vento,
Vem eterna alegria
E, então, vem um sentimento
De imensa poesia!
Ah, primavera querida!
A melhor das estações da vida
Queria que fosses eterna, pura,
Mas por regra de estação
Como na vida nada dura
Já vem um longo verão....
obs.: Escrevi este poema em 04/12/1994... Faz muito tempo, hein? Tenho um caderninho que guardo desde os 12 anos por recomendação de uma professora...