NAS ILUSÕES DA POESIA

Nasci para o nunca ter,
apenas estar e nunca ser;
dos dias mais claros o escurecer,
da esperança que vicejava
o mais fétido perecer.

Ódios que não serão aplacados
disseminando avarias.
A vontade de alcançar a morte,
por falta de azar ou sorte,
perpetuando as agonias.

Vida cretina e submersa!
Onde estariam os caminhos
que idealizei em outros pergaminhos,
nas pautas de alguns versos
de alguma poesia perversa?



MORGANA CANTARELLI
Enviado por MORGANA CANTARELLI em 08/08/2008
Reeditado em 21/07/2013
Código do texto: T1118453
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