O Outro de Mim
De tanto dizer, as palavras me faltaram
Estava ali, frente ao novo mundo
Assistindo o fim de minha própria carne
Voando entre as janelas desse horizonte em púrpura
Eles amaram o quanto puderam, e dançavam
Entreguas à sua sede por justiça, mataram
Morreram por não acreditarem de verdade
Eram apenas almas nascidas da dor
Ahh... o violino quase gritava, agonizava esse fim
Era tudo pra mim, essa alma sem cor
Na sala vazia ela brincava como criança
E no meio da valsa do monstro, apenas a inércia
Fecham-se as portas do rito, assim sem ritmo
Os tambores silenciavam, no seio da floresta gentil
Eram humanos seus desejos, mas divinos seus clamores
Eram nuvem e prata, mel e seda!!!
Havia aquela canção que percorria seus lábios mortos
Havia aquele anjo que pensou ser Deus
Ainda ouvia-se a chuva caminhando em busca do novo
Trazendo a tempestade, trazendo a mudança
Não se acanhe alma, sinta-se como és: imortal!
Chore tudo que pode, possa tudo que chora
Acaso essa espada encravada em meu peito
Não te diz algo alem de sangue e fim???